Autismo e Sexualidade
A Sexualidade no Espectro Autista
A pessoa com autismo tem a necessidade de expressar seus sentimentos de modo próprio e único, assim como qualquer outra pessoa. Neste artigo, vamos discutir mitos e realidades em torno da sexualidade no espectro autista.
Vamos começar entendendo por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um conjunto variado de síndromes clínicas. Ele é caracterizado pela tríade de comprometimentos na interação social recíproca, na comunicação verbal e não verbal, e em comportamentos repetitivos e estereotipados. Esses comprometimentos variam em um continuum desde formas mais severas até as mais brandas.
Além disso, as pessoas no espectro autista experimentam sensações sensoriais de forma atípica, como audição, visão, toque, equilíbrio e paladar. A linguagem pode ser atrasada ou ausente, e elas se relacionam com o mundo de maneira singular. Isso reflete um comprometimento orgânico do Sistema Nervoso Central e bases genéticas ainda não totalmente compreendidas.
A repressão da sexualidade por exemplo, é comum entre pessoas com TEA. Isso muitas vezes resulta do desequilíbrio interno, dos afetos e dos comportamentos descritos, além de suas dificuldades em se relacionar com o mundo. Essa repressão pode reduzir sua saúde mental.
Quando a sexualidade é adequadamente abordada, observamos melhorias significativas no desenvolvimento afetivo. Também vemos uma transição mais suave pela puberdade, adolescência e vida adulta. Além disso, uma maior capacidade de relacionamento, autoestima elevada, construção da identidade adulta e melhor adaptação à sociedade são alcançadas. Isso ocorre porque, quando vistos como indivíduos completos, com pensamentos, sentimentos, desejos, sexualidade, identidade, profissão e projetos de vida, eles têm mais chances de alcançar independência e autonomia.
é frequentemente cercada por preconceitos e discriminações em nossa cultura. Isso perpetua-se como um tabu enraizado nas origens da humanidade.
A sobrecarga de valores morais e preconceitos aumenta ainda mais quando se trata da sexualidade de pessoas com deficiências, especialmente quando se trata de pessoas autistas. Isso leva a debates polarizados sobre as abordagens apropriadas, tanto na sociedade quanto na família e na escola.
Poucos artigos por exemplo, livros e referências estão disponíveis, refletindo a complexidade do tema. A maioria dos materiais publicados tende a se basear em abordagens comportamentais que visam suprimir comportamentos sexuais através de métodos aversivos. Isso ocorre em vez de considerar uma abordagem humanística que reconheça o protagonismo juvenil e a vida afetiva e sexual das pessoas autistas.
A palavra “Autismo”, derivada do grego “autos”, que significa “si mesmo”, descreve inicialmente crianças autistas que tendem a se retrair em seu próprio mundo. No entanto, com intervenções adequadas, elas podem desenvolver habilidades sociais e comunicativas que as ajudam a se integrar melhor na vida adulta. Cada pessoa autista é única em suas características e necessidades.
Educadores, profissionais de saúde, pais e todos os envolvidos precisam entender que a sexualidade é uma função natural. Embora seja desafiador abordá-la de forma prática devido à falta de literatura específica sobre sexualidade autista, as discussões sobre sexualidade não devem ser tratadas apenas como teorias científicas. Elas devem considerar as experiências pessoais, desejos, fantasias, repressões e realidades de cada indivíduo.
Para enfrentar por exemplo, essas questões de forma construtiva, é essencial que profissionais de saúde e educadores trabalhem juntos para estudar casos individuais. Eles também devem discutir com pais e familiares, oferecendo orientações e suporte necessários.
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