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Benefícios da equoterapia

Benefícios da equoterapia

Há quatro anos ativa no Jockey de Itaparica, em Vila Velha, a Equoterapia Crescer é um exemplo de como diferentes práticas terapêuticas podem contribuir para melhorar o convívio e a experiência de vida das pessoas.

Responsável pelo local, o equoterapeuta Francisco Leal conta que os benefícios da prática podem alcançar tanto àqueles que buscam melhorar condições motoras, quanto pessoas que têm transtornos psicológicos capazes de serem amenizados ou revertidos.“Os benefícios da equoterapia vão desde a aproximação com animal para pessoas que têm dificuldades sociais e na área comportamental, como é o caso do autismo e de outros transtornos, até mesmo à parte motora, que a gente tem esse ganho. Tem praticantes que não conseguiam se sentar no começo do tratamento e hoje o pai chega aqui agradecendo que o filho agora senta para comer. É muito gratificante”, explica.

Para Maria Luiza Gonçalves, de 16 anos, a prática ajudou não apenas no convívio social,mas também na sua relação com o próprio corpo. Sorridente, a adolescente conta que chegou a ter um episódio de pânico social antes da equoterapia, mas que agora convive bem melhor com as pessoas.

Comecei há seis meses

quando um episódio de pânico social me fez ficar afastada da escola. Consegui voltar a tempo para concluir o ano letivo e não ser reprovada, mas entendo que foi graças à montaria. Faço a terapia convencional e aqui uma vez por semana e prefiro a equoterapia porque me coloca em um lugar aberto, longe do telefone. Aqui me sinto eu mesma”, conta Maria Luiza.

“Eu era até meio corcunda antes de tanto usar o telefone. Aqui eutrabalho meu corpo. Emagreci,senti que minhas pernas ficaram mais fortes. Eu gosto muito da Grampola (égua usada na terapia)porque ela me exige mais e não posso estar desconcentrada, ser
preguiçosa”, diz a jovem.

Praticantes com alto grau de autismo

e até com síndrome de Down também fazem uso dos cavalos para melhorar seu dia a dia. É o caso de Huaskar Ayolphi, jovem de 31 anos acompanhado pela tia, que também se chama Maria Luiza, e que faz equoterapia há quatro anos.

Segundo a responsável, o paciente se sente acolhido e melhorou bastante desde que começou a fazer a prática.“Hoje ele se sente mais responsável, sai com a gente para qualquer lugar e fica ansioso para vir montar”.

Texto: Rodolpho Paixão.

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