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Dislexia: Drama na sala de aula

Dislexia: Drama na sala de aula

A Influência da Dislexia em Grandes Mentes

A escritora Agatha Christie, por exemplo, costumava ditar suas histórias para uma secretária. Por outro lado, o físico Albert Einstein só foi alfabetizado aos nove anos. O que, então, eles têm em comum? De fato, ambos sofriam de dislexia, um transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. Curiosamente, esse problema atinge entre 5 e 17% da população mundial e é o distúrbio de maior incidência em sala de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Desafios dos Disléxicos

Em termos gerais, o disléxico tem dificuldade para fazer a relação entre os sons e sua representação visual, discernindo letras, sílabas e palavras. Por conseguinte, escrever, ler, soletrar e compreender a escrita são tarefas árduas para eles. Além disso, essas dificuldades acabam, muitas vezes, fazendo com que sejam tratados como incapazes ou preguiçosos. No entanto, trata-se de um grande engano, pois o problema nada tem a ver com má alfabetização, desatenção ou pouca inteligência. Importante notar que também não é considerado uma doença, mas sim um transtorno que necessita de métodos diferentes de aprendizado.

A Inteligência dos Disléxicos

A dislexia não está relacionada à inteligência. Pelo contrário, os disléxicos apresentam inteligência normal ou, como ocorre muitas vezes, até mesmo acima da média. Assim explica a fonoaudióloga e coordenadora técnica da ABD, Maria Ângela Nogueira Nico. Portanto, é crucial entender que o distúrbio não impede a capacidade intelectual dos indivíduos, mas exige abordagens pedagógicas adaptadas.

As Origens Hereditárias da Dislexia

Atualmente, já se sabe que o distúrbio depende de uma condição hereditária, apresentando alterações genéticas até mesmo no padrão neurológico. Segundo Maria Ângela, pesquisas recentes apontam que o problema estaria ligado a determinados cromossomos, responsáveis pela associação da representação visual das sílabas aos seus sons. Isso explica também a hereditariedade do problema, afirma a fonoaudióloga. Consequentemente, é possível entender melhor a natureza da dislexia e desenvolver métodos de ensino mais eficazes para aqueles que convivem com essa condição.

Colaboração Científica

Colaborou para este entendimento Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia. Em suma, sua expertise tem sido fundamental para desvendar as complexidades da dislexia e propor estratégias de aprendizado que valorizem as capacidades dos disléxicos.

 

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