Em Holambra, Centro de Referência do Autismo atende mais de 120 pessoas gratuitamente
“Os profissionais do CAH são anjos que entraram em nossa vida. Minha filha hoje parece outra pessoa. Eduarda está mais presente e participativa. A comunicação está melhorando, assim como o seu comportamento no colégio, em casa e principalmente em locais públicos. Aqui nos sentimos muito acolhidas”. É assim, com sorriso no rosto e olhos marejados, que a professora de matemática Roseana Antunes Barreira, mãe da Eduarda, de 25 anos, resume o período que a filha frequenta o Centro de Referência do Autismo de Holambra, o CAH.
A jovem foi diagnosticada em São Paulo, onde nasceu, com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e atraso intelectual. Com idade mental de três anos, a mãe conta que ela sempre estudou em escola especial, porém “com evolução muito lenta”. Segundo a moradora do Jardim das Tulipas, foi no CAH que a jovem “deu um salto cognitivo muito grande. Só tenho a agradecer esta equipe maravilhosa e altamente profissional”.
Inaugurado em julho do ano passado, o Centro de Referência do Autismo de Holambra atende atualmente 122 holambrenses, entre 8 meses até a idade adulta, com TEA. O atendimento é gratuito, realizado por meio de parceria com a Prefeitura através do consórcio Cismetro. O espaço, localizado no bairro Morada das Flores, conta com equipe composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogo, psicopedagogos, musicoterapeutas e psiquiatras.
“Realizamos aqui desde o diagnóstico do transtorno, acolhimento da família, elaboração de plano de intervenções e o atendimento”, explicou a coordenadora geral, Paula Porta. “Tudo de forma singular, de acordo com a necessidade de cada paciente”. O encaminhamento é feito por meio do Departamento Municipal de Saúde, que realiza triagem e avaliação de pacientes.
“O CAH é credenciado ao Cismetro e todos os atendimentos são financiados em sua totalidade pela Prefeitura”, disse o diretor da pasta, Valmir Marcelo Iglecias. “A clínica chegou há 7 meses em nossa cidade para oferecer atendimento dentro do município com excelência, eficiência e prestar toda a assistência necessária para famílias e pacientes”, falou o prefeito de Holambra, Fernando Capato.
Além do atendimento multidisciplinar no CAH, diversas ações são realizadas com o intuito de promover a socialização dos atendidos, a integração da família e estimular reflexões sobre o transtorno. No ano passado os pacientes estiveram na Expoflora com os familiares. Além de passearem pelo local, eles receberam lanches e também presentes do Papai Noel. Essa semana foi promovida, em parceria com a Biblioteca Municipal, uma sessão especial de cinema.
“Acho o trabalho excelente”, disse Bianca Calesella Moretto, mãe do Pietro, de 3 anos, atendido no CAH. “Hoje ele presta atenção quando falamos com ele, brinca, tem contato visual, tem menos medo de ir para os lugares. Expressa do jeito dele suas vontades, mas quem convive com ele entende. Estou muito satisfeita”.
NAEE
Além do CAH, Holambra conta ainda com o Núcleo de Atendimento Educacional Especializado, inaugurado em novembro do ano passado. A unidade de ensino destinada integralmente à Educação Especial proporciona, com sensibilidade, assistência mais digna, direcionada e eficiente a crianças e jovens com transtornos relacionados ao desenvolvimento educacional. No espaço, uma equipe multidisciplinar fornece atendimento complementar aos alunos diagnosticados com o objetivo de melhorar o processo de aprendizagem. Atualmente a rede pública municipal de ensino conta com 35 alunos diagnosticados com TEA – 15 deles são atendidos no NAEE. O restante, no CAH. No total, 126 estudantes recebem assistência por meio do Núcleo, segundo a diretora municipal de Educação, Claudicir Picolo.
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
É um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades em áreas cruciais da vida como comunicação, interação social, comportamento e sensopercepção, ocorrendo em diferentes patamares de gravidade. Em função disto, pode trazer inúmeras dificuldades às pessoas acometidas, sua família e meio social. Tem prevalência estimada em 1 em cada 100 pessoas, não sendo, portanto, considerado raro.
Fonte: Programa de Atenção ao TEA (PRATEA) da FCM/UNICAMP
Créditos: https://correionogueirense.com.br/
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